Há por aqui um rio que corre
encanado e atónito, mas corre.
Deus olha por mim e para mim,
nas minhas costas.
Viro-me de súbito
e surpreendo-lhe a omnipresença.
Tem o rosto e as vestes de Jesus.
Depois desaparece.
Podia ser uma alucinação, podia.
Mas também o rio corre por aqui
sem o vermos.
Dizem que nasce atrás
e desagua adiante
mas nunca lá fomos ver.
Está escrito que molhou outrora os pés
a quem por aqui passava.
E isso nos basta para acreditarmos.
Porque haveria de ser diferente com Ele?
Está escrito que molhou outrora os pés
a quem por aqui passava.
E isso nos basta para acreditarmos.
Porque haveria de ser diferente com Ele?
2 comentários:
Desde el fondo del los tiempos y hacia su reanudación...
Abrazo hasta vos, Poeta!!
Que as nossas mãos sejam margens de rios intensos, ainda que invisíveis, que pareçam uma alucinação mas que tragam a verdade revelada.
Uma boa semana, meu Amigo Luís.
Um beijo.
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