12/05/2025

Pastorícia dos corpos


Não posso escrever quase nada.
Agora, só a placidez dos prados,
quando secam demais no verão.
As palavras passam por lá —
cansadas, afogueadas —
e concluem que não há sentido
para os corpos
que elas mesmas conduzem, em manada,
à procura de uma charca.

1 comentário:

carlos perrotti disse...

Tu bello noble poema desmiente a tu tan nítido melancólico primer verso..
Bravo amigo, pura sensibilidad para captar el momento...