Deus está mais acima, entre os aviões e as cotovias. O cão ladra ao longe marcando a sua vez na fila do tacho com arroz e miúdos de galinha.
Pelos lados, e ao fundo também, uma muralha mecânica, um marulhar de escapes, cinge toda a charneca como um passe-partout de ferro incandescente. No centro, o lago, onde os patos deslizam temporários e atentos à chegada da primeira andorinha e de um mosquito chamado Gabriel.
Depois tudo se fixa como num quadro e só a caneta desliza na película branca da folha, recebendo as marcas rubras que a manhã improvisa.
1 comentário:
Enmarcaste una vez más tu prosa, amigo... Y qué bien suena!!
Abrazos!!
Enviar um comentário