Que dizem? Imagino que tenham conversas de merda. Não faz mal. Estou habituado a esse género de convivência. E como não as entendo, fico apenas a compreender o calor do vidro. Ouço o rumor das árvores que não existem e as saudações guturais dos homens dispersos pela margem de um rio que já não corre por aqui. Desviaram-no, talvez para não perturbar o cortejo fúnebre dessa sina que chamam agora de vida.
E as moscas? As moscas voaram enquanto eu pensava.
Agora percebo porque é que os camaleões não escrevem poesia durante o dia.
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