Sinto-me tal como escreveu José Régio: "Não sei por onde vou" no seu poema "Cântico Negro". A partir daqui a minha indecisão cresce. Ao contrário dele — que nos diz depois que sabe por onde não vai — em mim a deliberação não aparece. Repete-se apenas e em crescendo o primeiro verso.
Como toda a dúvida existencial é fonte de angústia, vivo assim agoniado diante das possibilidades que o destino me oferece: todas elas ainda sombrias, sem a claridade que ilumina quem toma a mão de Deus e segue-o depois como uma criança confiante.
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