era aquele que disse por acaso o que não devia,
o que falhou vezes conta, sem aprender a ficar calado,
o que finalmente bêbado conseguiu dizer o que pensava,
o que nunca compreendeu, mas às vezes acertava,
o que ficou lúcido três dias antes de morrer,
o que vendeu a lua a um hotel junto à marina.
O homem que matou máquina que previa
foi o mesmo que a inventou certo dia
em que emprestou a bicicleta a um vizinho
e ficou em casa sem nada, mesmo nada, para fazer.
1 comentário:
A máquina previa tudo ou não previa nada? E por que motivo o homem a matou se foi ele que a inventou? A máquina dissipava a véspera do passado em desfiguradas imagens? O homem ficou lúcido três dias antes de morrer por isso vendeu a lua a um hotel. A marina ficou mais iluminada. Misterioso este poema onde vagueio confusa entre as palavras.
Desejo que esteja bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
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