O poema lê-te,
se tiveres tempo para fitá-lo de frente,
quando o esperas nu encostado à ombreira.
São momentos raros, mas acontecem,
quando a chuva miúda cai,
e a aquela música triste do Satie
te desfibra os nervos
um por um com a sua pinça de vapor.
São momentos raros, confesso-te,
mas apenas neles os teus gritos serão ouvidos
na hierarquia dos anjos.
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