18/11/2020

Fronteira

Há uma barreira invisível 
entre mim e o mundo.

O rio, que corre a meus pés, 
desvia-se através da película dos olhos. 
Esse limite aquoso 
levantado entre as imagens e as sensações.

Entre mim e a realidade,
há um vidro polido e deslizante
que me separa das coisas vivas.

Às vezes distraído, embato nele, 
tão nítido e sedutor, ele me parece.  
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