20/11/2020

Reflexões pelo bosque afora

 I 

Li a história de um cão pisteiro de lobos que trabalhava apenas para que o dono lhe atirasse uma pequena bola no final da tarefa. Também na minha infância, nos intervalos das aulas, eu perseguia feliz e recompensado uma bola de borracha. Era tribo contra tribo: sentimento de pertença e adrenalina. Mais umas gotas de dopamina quando marcávamos um golo. Isso me bastava.

Agora preparo-me para a eternidade possível. Tento escrever, porque me parece que os pensamentos não morrem. Leio e vejo clássicos, também e sempre que posso. Tento aprender latim com o Frederico Lourenço, preparando-me, como posso, para visitar os mortos.

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