No velório da irmã Júlia Leal cantou-se e rezou-se. Saí da capela cansado, mas com um sentimento até aquele momento desconhecido e escrevi:
0,03 é a probabilidade da fé absoluta. Aquela que nos transporta a alma para uma morada eterna. Ontem, enquanto nos despedíamos da irmã Júlia, entre orações e cânticos, intui essa ínfima hipótese. Podem dizer-me que é escassa, da ordem das centésimas, sem chegar sequer às décimas. Mas o que interessa é: esse ponto de luz na escuridão irrespirável do oceano; essa melodia inaudível que faz dançar alguns a que chamamos — sem razão ou interesse — de irmãos na esperança.
0,03 é a probabilidade da fé absoluta. Aquela que nos transporta a alma para uma morada eterna. Ontem, enquanto nos despedíamos da irmã Júlia, entre orações e cânticos, intui essa ínfima hipótese. Podem dizer-me que é escassa, da ordem das centésimas, sem chegar sequer às décimas. Mas o que interessa é: esse ponto de luz na escuridão irrespirável do oceano; essa melodia inaudível que faz dançar alguns a que chamamos — sem razão ou interesse — de irmãos na esperança.
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