De tempos em tempos, percorro as ruas de Queluz à procura de sensações, de lembranças, das pessoas. É triste e bonito ao mesmo tempo. Apetece-me colocar uma cadeira no passeio e ficar apenas a olhar o tempo. Como se tornaria excêntrico um homem ali sentado a olhar os edifícios, os transeuntes e as cores que mudaram, apenas me restava escrever:
Convoco um a um os meus fantasmas.
De tão íntimos podia chamá-los por um número apenas,
em vez do seu conhecido nome.
Sento-me na rua - onde mais poderia ser ? -
e trago cadeiras para todos.
Daqui a nada, levantar-me-ei para partir.
E eles ali ficam eternos à espera da minha última palavra:
aquela que enche a boca de pedras,
aquela que amarrota a garganta,
aquela que esvaziará mais uma cadeira.
Convoco um a um os meus fantasmas.
De tão íntimos podia chamá-los por um número apenas,
em vez do seu conhecido nome.
Sento-me na rua - onde mais poderia ser ? -
e trago cadeiras para todos.
Daqui a nada, levantar-me-ei para partir.
E eles ali ficam eternos à espera da minha última palavra:
aquela que enche a boca de pedras,
aquela que amarrota a garganta,
aquela que esvaziará mais uma cadeira.
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