Nadie comprendía el perfume
de la oscura magnolia de tu vientre.
Nadie sabía que martirizabas
un colibrí de amor entre los dientes.
Mil caballitos persas se dormían
en la plaza con luna de tu frente,
mientras que yo enlazaba cuatro noches
tu cintura, enemiga de la nieve.
en la plaza con luna de tu frente,
mientras que yo enlazaba cuatro noches
tu cintura, enemiga de la nieve.
Entre yeso y jazmines, tu mirada
era un pálido ramo de simientes.
Yo busqué, para darte, por mi pecho
las letras de marfil que dicen siempre,
era un pálido ramo de simientes.
Yo busqué, para darte, por mi pecho
las letras de marfil que dicen siempre,
siempre, siempre: jardín de mi agonía,
tu cuerpo fugitivo para siempre,
la sangre de tus venas en mi boca,
tu boca ya sin luz para mi muerte.
tu cuerpo fugitivo para siempre,
la sangre de tus venas en mi boca,
tu boca ya sin luz para mi muerte.
de Federico Garcia Lorca do livro 'Diván del Tamarit'
Tradução
Ninguém entendia o perfume
da obscura magnólia do teu útero.
Ninguém sabia que martirizavas
um beija-flor de amor entre teus dentes.
Mil cavalinhos persas adormeceram
na praça com a lua da tua fronte,
Durante quatro noites eu abracei
a tua cintura, inimiga da neve.
Entre gesso e jasmins, o teu olhar
era um ramo pálido de sementes.
tentei dar-te, pelo meu peito
as letras de marfim que dizem sempre,
sempre, sempre: jardim da minha agonia,
teu corpo fugitivo para sempre,
o sangue das tuas veias em minha boca,
tua boca já sem luz para a minha morte
De Luís Palma Gomes
Tradução
Ninguém entendia o perfume
da obscura magnólia do teu útero.
Ninguém sabia que martirizavas
um beija-flor de amor entre teus dentes.
Mil cavalinhos persas adormeceram
na praça com a lua da tua fronte,
Durante quatro noites eu abracei
a tua cintura, inimiga da neve.
Entre gesso e jasmins, o teu olhar
era um ramo pálido de sementes.
tentei dar-te, pelo meu peito
as letras de marfim que dizem sempre,
sempre, sempre: jardim da minha agonia,
teu corpo fugitivo para sempre,
o sangue das tuas veias em minha boca,
tua boca já sem luz para a minha morte
De Luís Palma Gomes
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