07/10/2011

Belo + Belo = Ruy


"Homem de Palavras(s)" é o mote para o colóquio internacional sobre Ruy Belo que a Fundação Calouste Gulbenkian promove nos próximos dias 3 e 4 de Novembro, em homenagem a um dos poetas centrais da segunda metade do século XX.

Ruy Belo é para mim um caso extremo de empatia. Parte do quotidiano para o sagrado, elegendo a memória como espaço privilegiado da sua inspiração.
Habita um espaço urbano, periférico às vezes, e dai eu goste tanto do poeta do Monte Abraão (Queluz).


Ruy Belo começou por ser bendito (devido sua ligação ao Catolicismo) e acabou por ser maldito, o que implicou mesmo ser excluído do sistema das "capelinhas" do poder e da literatura.


Bem haja o poeta das "Oh as casas as casas as casas" que deixo aqui um extracto:


"(...)Os ricos vivem nos seus palácios
mas a casa dos pobres é todo o mundo
os pobres sim têm o conhecimento das casas
os pobres esses conhecem tudo
Eu amei as casas os recantos das casas
Visitei casas apalpei casas
Só as casas explicam que exista
uma palavra como intimidade (...)"

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