15/10/2025

Porto de abrigo

A luz levanta-se e esvai-se, implacável,
ladainha séria, mas distante,
que me repete:
“O que fazer?
O que mudar?”
Nada me traz respostas.

Deveria navegar até às margens de um planisfério inventado,
procurar a origem desta inquietação
que os sentidos me trazem.

É mais seguro, porém, não pensar demais, não escrever muito, e remar somente até acreditar num porto.

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