quando me levanto pela manhã.
E peço logo ali a noite também,
o breu do covil,
uma droga qualquer que me faça adormecer
como se tivesse jogado à bola o dia todo
num baldio plano e terroso que havia em frente à escola.
Desejo enfim que os dias passem sem passar,
como quem espera a namorada aos quinze anos
na estação ferroviária.
E em cada comboio que chega,
procuramo-la entre a turba que sai,
uma a uma, grão a grão, e nada.
Apenas um desejo imaturo
que se esfria à medida
que o sol se põe por detrás
de qualquer coisa
que só mais tarde
entendemos que foi a vida.
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