Exploras dia e noite
como um diluente
que tudo apaga ao passar.
Pouco te escapa:
entre os dedos algo ávidos,
captas até a parte incerta,
o logro que às vezes
nos toma nos cruzamentos,
nas estradas sinuosas
bordadas de árvores.
O mais difícil
é dizer-nos o que exploras.
Se o soubesses,
não serias explorador,
mas outra coisa mais quieta
e menos admirável.
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