18/09/2025

Manhã

"Nunca houve uma igual
a mim
como hoje."

Solange Firmino


Os comboios passam e não ouvem ninguém. Estranhas e úteis lagartas, levando e trazendo os deserdados do teletrabalho.

 Há um prenúncio de chuva na forma triste das nuvens, enquanto a gata espera, atenta e paciente, pela nossa brincadeira.

Não há paz que sempre dure, nem guerra, felizmente. 

“Lar, doce lar”, casca de caracol, frágil e quebradiça se um pé gigante se lembrar de por aqui passar.



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