23/06/2025

Ruy Belo


Às vezes, regresso a ti, Ruy Belo,
cova de vapor,
porta de frio que há no mar,
desse mesmo do qual te secavas 
entre as nuvens da Praia da Consolação.

Ali era fácil perceber o norte a entrar nas ventas,
um hálito vindo de Vila do Conde —
tua irmã longínqua e esquiva —
essa que apenas a esquece quem não a conhece.

Mas, afinal,
o que é a distância
para quem usa, como tu,
as palavras em legítima defesa?

2 comentários:

Graça Pires disse...

Gosto muito de Ruy Belo e gosto de quem usa as palavras em legítima defesa.
Desejo que esteja bem.
Uma boa semana,
Um beijo.

carlos perrotti disse...

Me encanta lo que sugieres e inspiras.
El poema es una invitacióna conocer la obra de Ruy Belo.
Abrazo hasta vos!!