Os homens, demasiado pouco.
Elas arredondam os versos.
Eles afiam-nos como lanças.
Talvez tudo isto não passe
de um viés, de um reflexo enganador
do sol ao meio-dia, que,
em vez de iluminar, incendeia.
Seria preciso uma prova cega,
como nos concursos de vinho.
Mas ler poemas é um ato solitário,
e ninguém pode secretariar a solidão.
Talvez esta conclusão seja, afinal,
uma lenda verídica,
ou apenas um poema hermafrodita.
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