Haverá certamente um porto de abrigo,
buraco onde eu caía para cima,
capricho de deus que me encontre por acaso,
alívio da corda que enrolei inocente ao pescoço,
folga do nó com que o tempo me aperta,
adjetivo redentor para a substância do corpo,
para o conluio das aparências que crescem
como um prédio roubando o sol à casa,
surdo e impenitente,
como uma montanha brava.
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