E ali no caderno
vou guardando as texturas,
os nervos salientes das conchas,
a azáfama dos caranguejos
na praia-mar da lagoa.
Tudo o meu lápis sente e obriga
como um arado trilhando um corpo novo
que afinal nunca haverá.
Depois fecho a criação toda
entre as folhas do caderno,
pouso o lápis tão deliciado
como uma batuta no final do concerto.
E vou leve com as sementes das acelgas
que o vento espalha pelas aldeias.
2 comentários:
Magnífica ilustração poética.
Gostei imenso.
Boa semana.
Abraço.
Há sempre uma maneira de procurar formas de expressão para a pluralidade dos sentimentos. E posso ver como guarda num caderno as texturas, os nervos salientes das conchas, a azáfama dos caranguejos na praia-mar da lagoa.
Vou consigo espalhar ao vento as sementes das acelgas. Posso?
Um bom feriado.
Uma boa semana.
Um beijo.
Enviar um comentário