Angustiada, salta de pés mais uma vez para dentro do copo de gin.
Aflita, esbraceja, grita sussurros roucos, solta fumos de enxofre
pela sua boca de vulcão, imita todas as vozes da floresta.
Depois imerge como se fosse para sempre (...)
antes de saltar de novo para as margens do fino vidro,
vestido encharcado em lágrimas, parece.
A sua gargalhada silencia, porém, a sala inteira.
(Teremos todos sido apanhados de surpresa?)
Amanhã estará sóbria outra vez.
Estranha metamorfose.
Quanto enlouquecerá de vez?
Ninguém sabe.
1 comentário:
Não vai enlouquecer. O gin conserva-lhe a vontade de continuar a ser assim como é. Gostei do poema.
Tudo de bom. meu Amigo Luís.
Uma boa semana.
Um beijo.
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