Não deixes que te esmaguem o ego,
génio entalado na lata do corpo,
duende inflamado, parado
como um atleta veloz à espera de vez.
Não deixes que te esmaguem o ego.
Estica-o entre a cozinha e a cama
com duas molas fortes em cada ponta.
Pode ser que não se rasgue,
nem o vento o leve,
nem a vida nele tropece
e tenhas então que o arrumar no gavetão
da roupa de inverno.
Não deixes que te esmaguem o ego,
sem ele serás eternamente
um animal açaimado no hábito dos outros.
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