Sempre que lá vou otimista
dizem-me que não chega ainda,
que a manhã já partiu
e a próxima só chega depois de mim.
"Foi por pouco", dizem-me,
"Tente de novo".
O sol já se abaixou demais.
Colhi e atei os raios que pude.
Guardei-os numa gaveta empenada de madeira.
Perguntei à minha mãe velhinha,
se arrefeceriam eles?
Pelo olhar dela,
compreendi afinal para que serve a vida.
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