À tua frente, Eurídice,
as cotovias cair-te-ão aos pés,
desenhando pelo deserto
um maná de rosmaninho e penas.
Não olhes, Eurídice,
para o falaz atalho da memória.
Nem os corpos, nem as palavras
são coisas repetíveis.
Mesmo as leitosas nascentes da tua infância
eram poças secas de barro preto.
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