Andam sempre a mudar o nome às coisas.
É intemporal esta inquietude.
Antes quando alguém subia sozinho à montanha
ou atravessava o deserto sem propósito material
chamavam-lhe profeta.
Ele escutava e depois professava.
Agora chamam-te a ti.
E depois num subtil jogo de máscaras,
num disfarçado discurso,
pedem-te que reveles as palavras.
E tu respondes que "somos um animal sabedor da morte."
Compreendo, todos nós aliás,
que seria ousadia
diante a periclitante situação do nosso pensamento, ousares dizer o que por lá ouviste.
Mas aqui entre os dois
podes segredar-me ao ouvido,
o que te disse afinal Deus?
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