30/10/2018

Um certo caos

A sala de espera estava pintada com o mesmo azul cobalto
daquele Tejo encrespado dos dias encobertos.

Os números das senhas de espera saltavam urgentes e vazios
sem que ninguém os reclamasse.

Um telemóvel tocou e uma senhora atendeu e perguntou:
"Leste o que escreveste ?"

Chamaram entretanto a minha senha. Chegara a minha vez.
A minha vez de quê?


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