Em memória de António Queiroz Lopes
Onde havia eu de abrigar-me
das chuvas frias, das noites húmidas
que atormentam meu estro tão cansado como o vosso ?
Onde esconder, ó defuntos, os vossos ossos
que se encaixam já nos os meus ?
Creio que seguindo o vosso rastro, Senhor,
chegarei ao abrigo, ao lastro da humanidade toda
- esse lugar onde um ar rarefeito se eleva às grutas,
desce às nuvens,
e percorre livre as pradarias das covas escuras.
Ai deixará de haver passado ou futuro,
apenas um rio desaguando nos confins do início
e uma paixão escondida entre duas eternidades.
Onde havia eu de abrigar-me
das chuvas frias, das noites húmidas
que atormentam meu estro tão cansado como o vosso ?
Onde esconder, ó defuntos, os vossos ossos
que se encaixam já nos os meus ?
Creio que seguindo o vosso rastro, Senhor,
chegarei ao abrigo, ao lastro da humanidade toda
- esse lugar onde um ar rarefeito se eleva às grutas,
desce às nuvens,
e percorre livre as pradarias das covas escuras.
Ai deixará de haver passado ou futuro,
apenas um rio desaguando nos confins do início
e uma paixão escondida entre duas eternidades.
Sem comentários:
Enviar um comentário