As mãos rezam
góticas
arcos quebrados
suportando o peso
da prece
sem pressa.
Os olhos erguem-se
procuram
na copa das árvores
pássaros lunares
chamam-lhe anjos
parece que incendeiam o mal
com os seus lança-chamas estelares.
Parece infantil, dizes tu.
Mas a poesia e as crianças têm em comum
esta simplicidade
frágil
estranhamente invencível.
1 comentário:
Muito bonito.
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