O casco das naus roçando
a copa dos pinheiros
faz lembrar o índico vento.
Os esquálidos e rotos marinheiros
que descem o tronco do sobreiro,
parecem formigas a caminho
de um caroço de alperce.
A glória e ganância deslizando
na pena dos jograis
são remotas reminiscências de auspícios
saltando de capa em capa
na montra dos jornais.
E mesmo o astrolábio
medindo a medo o firmamento
foi inspirado quiçá
no relógio de cuco
de um pensionista grego.
1 comentário:
também bonito, mas a meu gosto prefiro o dos caracóis...
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