O Sebastião Salgado representa para mim o Ulisses dos tempos
modernos. Foi combater na “Guerra de
Tróia”, levando a sua câmara fotográfica como arma. Nos combates, para mostrar ao
mundo outros mundos, foi obstinado e destemido: Sahel, Ruanda, Serra Pelada, Ártico,
Balcãs e muitos outros locais. Cansado da alma, como ele o próprio afirma, no
documentário “Sal da Terra”, regressa à sua Ítaca, ou seja à fazenda dos seus
pais. Naquele momento, completamente desarborizada e sem vida. Ele e a mulher,
Leila, decide replantar aquele lugar com três milhões de árvores de cem
espécies diferentes, todas elas pertencentes ao biótipo da “Mata Atlântica”
brasileira. É um projecto com avanços e recuos, naturais de quando falamos em
organismos vivos. Hoje aquele lugar é uma floresta esplendorosa, com árvores
que atingem o seu auge aos 400 anos de vida. Salgado procurou e descobriu uma
metáfora forte para representar a eternidade.
1 comentário:
acho um trabalho maravilhoso, é de certeza um ser humano fenomenal.
adoro as fotos.
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