13/03/2014

O passarinho (II)

Hoje voltei a ouvir o passarinho amarelo. Está mesmo desesperado. Imaginem o que chilreava do cimo de uma árvore sobre a Praça do Marquês Pombal: "Que cidade admite ser dominada por uma estátua de um marquês com um leão à ilharga ?  Precisamos sempre de um capataz para dar ordens ao som do chicote, não é? Cambada de cobardes! Não há um homem com tomates que rebente à bomba a merda desta estátua ? E no seu lugar plantar um sobreiro,  onde eu e os outros pássaros possamos lá fazer os nossos ninhos."

Pobre pássaro. Quem o ouve, senão eu ?


Sem comentários: