"Arte persuade-nos a afastar da mecânica, para nos
aproximarmos do milagre. A chamada inutilidade da arte capacita-a do seu poder transformador. A arte não é parte
da máquina. Ela pede-nos para pensar de forma diferente, ver de maneira
diferente, ouvir de forma diferente e, finalmente, a agir de forma diferente –
onde reside afinal a força moral. Ruskin estava certo, embora pelas razões
erradas, quando ele falou sobre a arte como uma força moral. A arte não é o bom comportamento -Quando foi a última vez que viu um milagre comportar-se bem? A arte torna-nos pessoas
melhores, porque eleva-nos no sentido da nossa plena humanidade, e a humanidade
é, ou deveria ser, o oposto polar do meramente mecânico. Nós não fazemos parte
da máquina, mas nos esquecemos disso. A arte é a memória - o que é bem
diferente de história. A arte pede que nos lembremos de quem somos, e,
geralmente essa pergunta surge como uma provocação - é por isso que ela quebra as regras e os tabus, e ao mesmo tempo é uma força moral."
De Jeanette Winterson || Tradução livre de Luís Palma Gomes
De Jeanette Winterson || Tradução livre de Luís Palma Gomes
A escritora Jeanette Winterson |
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