25/09/2013

Via Láctea

Anteontem, pela primeira vez, alguém disse um poema meu em público. As pessoas gostaram e até houve quem, imaginem, o procurasse na internet. Por essas e por outras, aqui o deixo em baixo, à espera das garras dos "motores de pesquisa":

Via Láctea

Um cão azul chamado semiótica
A inquilina da leitaria antropológica
A fila de automóveis do medo
As gravatas do sucesso poluente
O amante do amor da vizinha
O cheiro da mercearia anónima
Os edifícios vestidos de tempo
Um arbusto com perfil sexual
O O’Neill a sorrir de desgosto
O lixo do androide bancário

A rua … O povo … Portugal 



1 comentário:

Ti76 disse...

brilhante! adorei a sonoridade o ritmo o coração!