Novembro na praia é mesmo para quem gosta dela e só dela, porque não há nada para além de contemplá-la.
Ao caminhar pela beira-mar, percebi que deixava um rasto até perder de vista. Olhando para esse carreiro, escrevi:
A geologia eterna dos meus passos
grava fósseis precários pela beira-mar de um mistério
que teimo em descrever-vos.
Por detrás de mim,
como um alfabeto antigo,
fica um carreiro de pés em fuga para o mar.
Esse mesmo mar
onde escondidas, as ninfas,
podem agora descansar e aguardar,
nos seus rendilhados lençóis de sal,
o regresso do sol.
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