Valeu a pena cruzar um oceano e acartar, até terras de Vera-Cruz, um idioma e uma cultura, nem que fosse apenas pelo prazer de ouvir a poesia cantada do Chico.
4 comentários:
Anónimo
disse...
"Amou daquela vez como se fosse a ultima Beijou sua mulher como se fosse a ultima E cada filho seu como se fosse o unico E atravessou a rua com seu passo timido Subiu a construcao como se fosse maquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho magico Seus olhos embotados de cimento e lagrima Sentou pra descansar como se fosse sabado Comeu feijao com arroz como se fosse um principe Bebeu e solucou como se fosse um naufrago Dancou e gargalhou como se ouvisse musica E tropecou no céu como se fosse um bebado E flutuou no ar como se fosse um passaro E se acbou no chao feito um pacote flacido Agonizou no meio do passeio publico Morreu na contramao atrapalhando o trafego
Amou daquela vez como se fosse o ultimo Beijou sua mulher como se fosse a unica E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bebado Subiu a construcao como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes magicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e trafego Sentou pra descansar como se fosse um principe Comeu feijao com arroz como se fosse maquina Dancou e gargalhou como se fosse o próximo E tropecou no céu como se ouvisse musica E flutuou no ar como se fosse sabado E se acabou no chao feito um pacote timido Agonizou no meio do passeio naufrago Morreu na contramao atrapalhando o publico
Amou daquela vez como se fosse maquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flacidas Sentou pra descansar como se fosse um passaro E flutuou no ar como se fosse um principe E se acabou no chao feito um pacote bebado Morreu na contramao atrapalhando o sabado"
Diferentes formas de vida, igual resultado. Havera' como fugir da vida em sentido, ou da inevitavel morte na contramao que acaba sempre por atrapalhar alguem...??? Embora o poema me questione, nao questiono a beleza da musica, ou a qualidade do cantor.
"Passamos a vida a fugir da morte, correndo na sua direcção" - F.Pessoa
"Se pudessemos viver duas vidas, para podermos arriscar na primeira delas" - Milan Kundera
Sobretudo, o que o Chico quer expressar é que duas vidas muito parecidas em substância podem ser diferentes se os adjectivos que qualificam a substância forem diferentes.
Existem momentos na minha existencia em que permito que as trevas me envolvam de tal forma... que me resta apenas a capacidade de questionar!?... de tal forma, que em plena Pascoa ainda nao tinha percebido que o sepulcro estava vazio, afinal, a Vida vence.
"No primeiro dia da semana Maria de Magdala foi ao sepulcro logo de manhã, ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu pois, e foi ter com Simão Pedro e com o outro discipulo, aquele que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram»."
"«Mulher, porque choras?» «Porque levaram o meu Senhor, respondeu, e não sei onde O puseram»"
"«Mulher, porque choras? A quem procuras?» ... «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste e eu irei buscá-Lo».
(pareceu-me a proposito) « O desafio global que cada Quaresma nos apresenta é assim enunciado pelo Santo Padre: “A Quaresma oferece-nos uma providencial ocasião para aprofundar o sentido e o valor da nossa identidade de cristãos, e estimula-nos a redescobrir a misericórdia de Deus, a fim de nos tornarmos, por nossa vez, mais misericordiosos para com os irmãos" (...)A Quaresma é tempo de análise da nossa esperança. Não estará o nosso coração demasiadamente fixado nos bens deste mundo? Acreditamos e desejamos a vida eterna? Só assim poderemos celebrar a Páscoa como a festa da vida, o abrir definitivo do horizonte da verdadeira esperança. A esperança limitada aos horizontes deste mundo não responde aos mais profundos anseios do coração humano. Se esperamos apenas os bens deste mundo não valia a pena Cristo ressuscitar e de nos ressuscitar com Ele.»
Lisboa, 2 de Fevereiro de 2008 † JOSÉ, Cardeal-Patriarca
4 comentários:
"Amou daquela vez como se fosse a ultima
Beijou sua mulher como se fosse a ultima
E cada filho seu como se fosse o unico
E atravessou a rua com seu passo timido
Subiu a construcao como se fosse maquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho magico
Seus olhos embotados de cimento e lagrima
Sentou pra descansar como se fosse sabado
Comeu feijao com arroz como se fosse um principe
Bebeu e solucou como se fosse um naufrago
Dancou e gargalhou como se ouvisse musica
E tropecou no céu como se fosse um bebado
E flutuou no ar como se fosse um passaro
E se acbou no chao feito um pacote flacido
Agonizou no meio do passeio publico
Morreu na contramao atrapalhando o trafego
Amou daquela vez como se fosse o ultimo
Beijou sua mulher como se fosse a unica
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bebado
Subiu a construcao como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes magicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e trafego
Sentou pra descansar como se fosse um principe
Comeu feijao com arroz como se fosse maquina
Dancou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropecou no céu como se ouvisse musica
E flutuou no ar como se fosse sabado
E se acabou no chao feito um pacote timido
Agonizou no meio do passeio naufrago
Morreu na contramao atrapalhando o publico
Amou daquela vez como se fosse maquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flacidas
Sentou pra descansar como se fosse um passaro
E flutuou no ar como se fosse um principe
E se acabou no chao feito um pacote bebado
Morreu na contramao atrapalhando o sabado"
Diferentes formas de vida, igual resultado. Havera' como fugir da vida em sentido, ou da inevitavel morte na contramao que acaba sempre por atrapalhar alguem...???
Embora o poema me questione, nao questiono a beleza da musica, ou a qualidade do cantor.
Citações:
"Daqui ninguém sai vivo" - Jim Morrison
"Passamos a vida a fugir da morte, correndo na sua direcção" - F.Pessoa
"Se pudessemos viver duas vidas, para podermos arriscar na primeira delas" - Milan Kundera
Sobretudo, o que o Chico quer expressar é que duas vidas muito parecidas em substância podem ser diferentes se os adjectivos que qualificam a substância forem diferentes.
Existem momentos na minha existencia em que permito que as trevas me envolvam de tal forma... que me resta apenas a capacidade de questionar!?... de tal forma, que em plena Pascoa ainda nao tinha percebido que o sepulcro estava vazio, afinal, a Vida vence.
"No primeiro dia da semana Maria de Magdala foi ao sepulcro logo de manhã, ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu pois, e foi ter com Simão Pedro e com o outro discipulo, aquele que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram»."
"«Mulher, porque choras?» «Porque levaram o meu Senhor, respondeu, e não sei onde O puseram»"
"«Mulher, porque choras? A quem procuras?» ... «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste e eu irei buscá-Lo».
«Vi o Senhor!»
Do Evangelho de S. João 20
http://www.youtube.com/watch?v=la0bQAJTelU&eurl=http
Claro que o importantante e' a substancia!!!
(pareceu-me a proposito)
« O desafio global que cada Quaresma nos apresenta é assim enunciado pelo Santo Padre: “A Quaresma oferece-nos uma providencial ocasião para aprofundar o sentido e o valor da nossa identidade de cristãos, e estimula-nos a redescobrir a misericórdia de Deus, a fim de nos tornarmos, por nossa vez, mais misericordiosos para com os irmãos"
(...)A Quaresma é tempo de análise da nossa esperança. Não estará o nosso coração demasiadamente fixado nos bens deste mundo? Acreditamos e desejamos a vida eterna? Só assim poderemos celebrar a Páscoa como a festa da vida, o abrir definitivo do horizonte da verdadeira esperança. A esperança limitada aos horizontes deste mundo não responde aos mais profundos anseios do coração humano. Se esperamos apenas os bens deste mundo não valia a pena Cristo ressuscitar e de nos ressuscitar com Ele.»
Lisboa, 2 de Fevereiro de 2008
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca
Enviar um comentário