Procuro abrigo
debaixo de uma ponte
que ligue o tronco ao ramo,
a borda à flor
ou essas zonas fugazes
apenas consentidas aos equinócios
e demais répteis levemente aquecidos.
Faltam-me dois dedos de fé para encontrá-lo,
eu sei.
(Falta sempre, não é?)
Talvez por isso
as nossas mãos fiquem hirtas
entre o prego e a cruz
enquanto o amor balança,
balança e sugere
mais dia, menos dia,
a martelada final.
debaixo de uma ponte
que ligue o tronco ao ramo,
a borda à flor
ou essas zonas fugazes
apenas consentidas aos equinócios
e demais répteis levemente aquecidos.
Faltam-me dois dedos de fé para encontrá-lo,
eu sei.
(Falta sempre, não é?)
Talvez por isso
as nossas mãos fiquem hirtas
entre o prego e a cruz
enquanto o amor balança,
balança e sugere
mais dia, menos dia,
a martelada final.