13/09/2025

A cidade


É como se a selva viesse,
 entrasse pela cidade, 
com os seus deuses,
 as silhuetas das árvores filtrando 
um vapor que se espalha depois pelos baldios.

O cântico de um feiticeiro vibra,
 como uma corda, uma ladainha,
 um ruído metálico de comboio, 
vindo das estepes
 onde o sol nasce para se pôr aqui,
 ai de nós. 

2 comentários:

carlos perrotti disse...

Se ven. como siempre tus versos se ven. Son las imágenes las que suenan...
Abrazo hasta vos, Poeta!!

Graça Pires disse...

Sim, as cidades são com uma selva onde todos se agridem . Como escrevi num poema " Somos, na cidade, os viciados de um pseudo-conforto que nos inibe de sonhar".
Desejo que esteja bem.
Um beijo.