Esperar é respirar melhor, compreender as coisas em que habitualmente nem reparamos: gestos singulares dos outros, pequenos parágrafos que surpreendidos lemos repetidamente, lembranças que amenizam o tempo.
A paciência é a seiva restante de uma oliveira que ardeu. Essa que recomeça agora a mostrar pequenos rebentos verdes na ponta dos seus dedos. A paciência é uma oração visual, alimento e lastro de todo o bem que há de vir.
Quando ficamos quietos e confiantes no recomeço, temos esperança e isso nos basta. A esperança ensina-nos a aguardar por algo que não se vê. Nos casos mais especiais, por algo até improvável, mas que sabemos de antemão que irá acontecer.
Esperança é permanecer no amor, e nada há mais afável e ameno do que isso.
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“Lendo no rio” de Edward Robert Hughes (1851-1914) |

A esperança. Palavra reveladora, salvadora. É uma procura que nunca deixa de procurar. Fazemos dela o motivo de não desistir de nada, mesmo quando são inseguros os nossos passos. Gosto de o ler meu Amigo Luís.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um beijo.