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07/10/2025

Desolação e esperança

Caiu a primeira folha sobre o meu peito.

E logo o vento a levou.

Depois, outra.

Mas também essa não ficou.


E assim, uma a uma, cairam todas,

e todas o vento varreu.


A árvore ficou despida,

e o meu peito também.


Não há nada a fazer,

senão esperar que,

depois do vento, da chuva e do frio,

venha da terra um calor insólito,

a embalar-nos como a mãe

que adormece os filhos

com a sua canção da primavera.

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