Há nos teus olhos
insossegos e cansaços,
fios de mel que vieram arrastados,
de um pote que havia na infância.
Agora aguardamos instruções
na casa das máquinas
dum cargueiro vazio,
de partida para um país
sem reinícios aparentes.
sem reinícios aparentes.
Se aportaremos nele ou não,
é a pergunta que distraídos fazemos
ao oráculo insuficiente desta ânsia.
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Rewald, Sabine (2011, fragmento) |

7 comentários:
Questionamo-nos. Deixamo-nos habitar por uma imensa inquietude, permitindo que a osmose da luz e das trevas nos cerque o olhar. À espera de um reinício recordamos a infância e aguardamos ansiosos aquela respiração com que procuramos um chão para celebrar cada instante.
Um poema que me fez pensar, meu Amigo Luís.
Tudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Boa tarde Luís,
Magnífico poema muito reflexivo.
As incertezas que os olhos acarretam desde a infância e se fazem presente, na ânsia de alcançar os sonhos almejados.
Beijinhos e boa semana.
Ailime
um poema muito bonito bjs feliz semana saude
Hay preguntas que el tiempo hace más intensas. Un abrazo. Carlos
É verdade. Nada como o teste do tempo para ampliar ou extinguir os fenómenos, em geral, e as perguntas, em.particular.
Boa tarde, obrigado pela leitura e reflexão poética pertinente.
Muito obrigado, Graça, pela sua visita. A sua análise ajuda-me a entender até onde e de que forma ecoa o poema.
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