13/07/2020

Os mergulhadores


2 comentários:

Luís Palma Gomes disse...

Análise de Lina do Carmo(Professora): "Gosto da forma como contas um episódio da vida de jovens e , em simultaneo, nos convidas à reflexão sobre algumas questões sociais e familiares, e ainda sobre a questão da insularidade (africana).
Também apreciei bastante a seleção vocabular e a última frase do texto, com destaque da palavra "magicar".
Além disso, as ilustrações e a paginação estão fantásticas.

Já agora, ao ler o texto, dois textos pairaram na minha memória "Capitães de Areia" e "Os da minha rua"."

Luís Palma Gomes disse...

Análise de Solange Firmino (poetisa)

"Quanto à história, muito interessante, principalmente no atual cenário em que estamos, em que as pessoas fazem pesca predatória. Na ilha do conto, a pesca era por mergulho, “perfurando as águas na vertical”. E até com um “tosco anzol”.Vai ver por isso chamam a atenção dos turistas.

(Em 2018, fui com meu filho na região do Amazonas e os turistas eram levados ao rio para nadar com os golfinhos. Os cuidadores jogavam peixes e os golfinhos subiam para pegá-los no ar. Nós, turistas, ficávamos maravilhados, tadinhos dos golfinhos... estou enviando em anexo)

Mas, como você deixou claro, a rapaziada queria mesmo era partir, principalmente porque via nos turistas o movimento de chegada e partida. Embora uma ilha seja “livre”, porque é aberta, cercada de água por todos os lados, os rapazes se sentiam numa prisão, como se não pertencessem mais ao local.

“Partir seduzia-os. Fugir para sempre daquela pobre prisão cercada de água e tubarões.”

Interessante também conhecer lugares como Morro do Biau, Porto do Mindelo, Santo Antão e Igreja Velha.

Gostei muito da lição. É “preciso paciência acima de tudo, semear para colher mais tarde — talvez muito mais tarde”, nesse ritmo, doando peixes, realmente não teriam mesmo dinheiro.

Se puder, assista a esse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tq0o74qghy4 Uma pessoa dá a volta ao mundo para fazer perguntas a Buda sobre outra que passa mil anos esperando tal coisa e outra que espera 500 anos para tal coisa e outra que está há 18 anos sem falar. Mas tudo tem seu tempo. E aprendizado.

E nesse conto você falou bem:

“A natureza, mano, te fez um favor. Tens de respeitar o dono das coisas. Nós somos como esse tubarão aí: abocanhamos tudo. Os peixes não eram nossos, mano”

Desde que estamos em casa, os níveis de poluição diminuíram consideravelmente, tanto atmosférica, pois os carros ficam nas garagens, como nos oceanos. Essa pandemia talvez


* Quero elogiar o trabalho do ilustrador, Claidir Brito Lima Rendall. Cores belas e calmas. E, se não me engano, percebi o relevo da ilha em algumas páginas. 
tenha vindo para nos mostrar que devemos respeitar mais a natureza.

“...cada estrela é uma ilha de prata ou ouro - sem razão aparente separada das outras como São Vicente, Santo Antão ou Santiago. Estariam elas todas ligadas por um fio enorme e transparente?”

Sim, acredito que estão, como uma teia da vida. Já leu sobre a hipótese Gaia, de Fritjof Capra? Escrevi sobre isso uma vez... mas aí vai alongar e entrar em outro assunto.


Estrelas cintilam
é quando a noite adormece
na invisível teia

* Estava pesquisando umas coisas, Santo Antão é lindíssimo! Nunca tinha ouvido falar.

*Fiquei com uma dúvida: xingar em Portugal é com ch?"