26/10/2013

O Malhadinhas



Acordar antes da hora e ler o Aquilino é perpetuar o sonho que trazemos da cama. Na história, o Malhadinhas atravessa um nevão e a Serra do Barroso com o Frei João das Sete Dores. Depara-se depois com um lobo que uivando chama a matilha. Felizmente o frade tem um turibulo na albarda do burrico. O Malhadinhas, vivaço, agitando o instrumento religioso que serve para espalhar incenso nas igrejas, assusta os lobos com aquele barulho metálico. Acaba tudo no mosteiro, com o Malhadinhas aboletado pelos irmãos. 

Voltei para cama. Terei sonhado o sonho do Aquilino ?

21/10/2013

Um quadro suburbano

Ontem quando cheguei a casa à noite, um grupo de rapazes negros falavam alto,  trajando as suas roupas "afro-urbanas",  junto ao meu prédio. Mais ao lado, sentada num degrau de acesso ao pátio, a mãe deles  lia histórias a outra filha. Tive em poucos minutos sentimentos contraditórios. É humano. Eram os meus vizinhos do 1º andar. Tinham ficado sem chaves e esperavam provavelmente que alguém as trouxesse. Acontece-me muito esquecer-me das chaves também.


14/10/2013

O abraço

Naquele dia singelo,
Ela abraçou a árvore
Como se da noite viesse
E regressasse, fértil, à vida.

10/10/2013

A moura - a leitura














Ontem surgiram tantos atores e curiosos para  a leitura de "A moura" que alguém disse que parecia a reunião geral de uma novela. Foi apenas uma primeira abordagem efetuada com as características das primeiras vezes. Julgo  também que para a maioria  dos presentes - e apesar do avançar da hora - foi também amor à primeira vista. Conclusão: A moura funciona. Precisa de eventuais ajustes para ganhar algumas dinâmicas e  ritmos. Mas tem um motor de vinte e tal  atores, tracção aos quatro atos e um bom final - diria bonito e poético. Obrigado a todos os que saíram de casa para ficarem mais mouros.

Próxima sessão de trabalho: 16 de outubro de 2013 - Local: TPN