Percorrendo o clássico livro de desenho para iniciantes "Drawing on the rigth side of the brain", aprende-se o valor dos espaços vazios (Negative spaces - na tradução do citado livro) que envolvem as figuras que desejamos desenhar, ou melhor, realçar. Na verdade, ao desenhamos as margens dos espaços vazios, estamos a desenhar a figura envolvida neles.
Também na música, os silêncios são determinantes e sobretudo marcam o ritmo.
Na poesia, as quebras dos versos deixam-nos saborear o que acabámos de ler e permitem que as palavras ganhem fôlego para o próximo verso.
Talvez seja por isso, ou também por isso, que quem já viu o deserto diz que é uma paisagem e sensação inesquecíveis.
Como escreveu o dramaturgo irlandês Samuel Beckett: "Nothing is more real than nothing".
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